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Plataforma e-Criativo é destaque no cenário acadêmico

Repositório digital sobre Economia Criativa é desenvolvido por aluno de Doutorado em Administração

 

Tendo a criatividade e a inovação como matéria prima, evoluindo da economia do conhecimento, e intensiva em ideias, a Economia Criativa ganha espaço na oferta de bens e serviços. Para aglutinar informações e atuar como repositório digital sobre o tema, acaba de ser lançado o “e-Criativo: Plataforma de Documentação e Memória da Economia Criativa de MS”.

O produto é resultado do projeto de pesquisa de Doutorado de Adriano Pereira de Castro, aluno do Programa de Doutorado em Administração da Escola de Administração e Negócios (Esan), orientado pelo professor Élcio Benini.

O e-Criativo apresenta conteúdos hipermídia, com a oferta de pesquisas acadêmicas públicas, como artigos, relatórios, dissertações, teses, e também de mercado. Os conteúdos são de acesso livre, mediante cadastro básico, o que permite o download dos arquivos disponibilizados na plataforma. Segundo Adriano, o e-Criativo disponibiliza ainda um blog com informações atualizadas do panorama da Economia Criativa, compreendendo entrevistas, notícias, informativos, entre outros.

Estudantes, pesquisadores, professores, pessoas voltadas a quaisquer níveis do ensino, assim como empreendedores culturais ou criativos, compõem o público da plataforma. “A ideia é justamente ofertar um conjunto de informações que de alguma forma forneçam alguma educação para a Economia Criativa, porque há uma grande difusão de conhecimento, com informações esparsas, afastadas. A proposta é fazer com essa base seja um lugar comum e repositório de conhecimento”, afirma o doutorando.

O projeto foi selecionado por meio de chamada pública da Coordenadoria de Economia Criativa, da Secretaria de Estado de Cultura e Cidadania, com o objetivo selecionar “propostas que promovessem o fortalecimento da economia criativa na área da ciência, cultura e turismo sul-mato-grossense e que tivessem como princípios norteadores a diversidade cultural, a sustentabilidade, o empreendedorismo, a inovação e a inclusão social”

Economia Criativa

“A Economia Criativa tem como fonte geradora do valor a criatividade que é um recurso intangível e abundante, justamente o oposto dessa economia intensiva em capital, escassa, que é limitada. É justamente a proposição de uma economia para além do desenvolvimento econômico, produz também um desenvolvimento que é cultural e social. Isso que discutimos a partir da criatividade como geradora de valor econômico”, explica o doutorando.

Essa economia é multidisciplinar ou interdisciplinar, acrescenta Adriano, e aglutina muitos outros temas, não apenas os relacionados à cultura, mas também a inovação, desenvolvimento territorial, políticas públicas, que de alguma forma dialogam com a temática. “Sobretudo a Tecnologia da Informação, porque é um dos setores motivados pela Economia Criativa, principalmente aqueles decorrentes das novas midas”.

Em um campo mais tradicional, a Economia Criativa abarca o artesão ou as organizações, associações, cooperativas, em que o produto do artesanato é fruto de uma ideia do artista, e essa ideia é transformado em algo que pode ser valorizado. “Mas no universo da Ciência da Informação, da Economia do Conhecimento, temos, por exemplo, as start-ups, empresas que surgem a partir de uma ideia. Tudo isso está dentro de alguns pressupostos em que é preciso observar a sustentabilidade, a questão da inovação, respeitar a questão da diversidade cultural do país”.

Tudo isso correlacionado gera fontes de motivação que de alguma forma lançam insights para a criação. A economia criativa precisa, hoje, coexistir com outras economias, outros modos alternativos de produção e consumo e que de alguma proporcionam uma cooperação mútua. Dialoga com proximidade com o turismo, com setores de serviço, e aqueles relacionados a tecnologia em geral.

Para o pesquisador, o fato de o brasileiro ser muito criativo potencializa o desenvolvimento dessas atividades econômicas, desses insights. “Mas faltam políticas públicas para desenvolver esses setores, seja para organizar, incentivar, fomentar outras práticas, além de falta esse incentivo e da organização do mercado”, aponta.

Jornalista Paula Pimenta

Comunicação UFMS

Postagem em: 08/11/2018